terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mídia age com preconceito e dá razão a comentários dos nordestinos

Hoje tivemos a final da Copa São Paulo de Futebol Junior. Mas o que quero falar, na essência, não é do jogo em si.

Parabenizo os garotos do tricolor e aos cariocas. Foi um jogo emocionante, o resultado poderia ser modificado até nos acréscimos. Porém, algo me incomodou. Não foi a arbitragem, que ao meu ver errou para os dois lados, nem a torcida de alguns comentaristas da Rede Globo.

O que me deixa estarrecido é que, em uma partida que o goleiro do Flamengo é escolhido como o melhor em campo, sites como o Terra informam que o time tricolor não teve chance. Como não, se o goleiro adversário trabalhou tanto que foi o melhor da partida?

Atitudes como essa demonstram  o velho e sujo preconceito não apenas contra times do Nordeste, mas para com toda a  região . Muitos, sim, muitos aqui têm complexo de inferioridade, mas o jornalismo, ferramenta que deve ser a mais imparcial possível, quando comete uma gafe dessa magnitude, não dá razão a determinados comentários? Já não basta a maior divulgação, imensa cobertura para os times do eixo? É preciso denegrir, desmerecer a luta adversária?

Fiquei triste com o tratamento dado a um time do Nordeste, sendo ele Bahia, Vitória, Sport ou qualquer outro. O Esporte Clube Bahia representou muito bem a sua região. O jornalismo não tem time. 

É preciso lembrar também que alguns torcedores cobram uma "imparcialidade parcial", onde, se falar bem do seu time, pode.

O Jornalismo não é Bahia, não é Flamengo, mas sim, nesse segmento, Esporte Futebol Clube.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal!

Esse blog ultimamente tem tocado em assuntos bem delicados, então, para criar um clima de descontração, segue abaixo um texto engraçadinho:

"Que o homem do saco vermelho possa penetrar profundamente no buraco da sua chaminé trazendo um peru bem grande e bastante prazer. Que a pomba branca da paz penetre no seu interior e te rasgue de alegria e felicidade. São os meus sinceros votos !!!!"  (Autor desconhecido, pelo menos por mim, rs)

domingo, 19 de dezembro de 2010

Serviços públicos?

Diariamente dizemos em Salvador que vamos pegar o transporte público, o conhecido buzão. Mas tem aí uma contradição que queria compartilhar. 

Não sou nenhum Aurélio, mas creio que o conceito de público é onde todos tenham acesso e gratuitamente. Estou certo? Se estiver errado me digam também! 

Não é isso que vemos no nosso cotidiano. Pagamos caro para um serviço precário de transporte. Se é público, por que temos que desembolsar R$ 2,30  a cada passagem na catraca? Vejo a contradição justamente nesse ponto. Se é para pagar, que seja, mas o serviço seja oferecido com qualidade.

E vou mais  além. Acho até que é uma utopia, porém, serviços como ensino e saúde, além do transporte, deveriam ser oferecidos gratuitamente pelos nossos governos. Não é necessário pagarmos pra ter uma educação decente, um bom atendimento médico. Todos esses setores deveriam ser disponibilizados sem custo algum, fora os impostos, e com uma qualidade idêntica ao que fosse pago.

Mais uma vez repito, é utopia, mas essa seria a obrigação governamental.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Barrada propaganda pró-ateísmo

Debates polêmicos me agradam. Seja qual for o assunto, quando se tem uma ponta, ou o corpo inteiro de polêmica, meu interesse aumenta. Pois bem, a bola da vez é essa foto que coloco abaixo: 

Essa propaganda iria ser veiculada em ônibus de Salvador,  São Paulo e Porto Alegre. A empresa responsável pela veiculação barrou a tentativa. A desculpa? O Decreto 12.642/2000, que proíbe a colocação de qualquer meio ou exibição de anúncio que favoreça ou estimule ofensa ou discriminação racial, sexual, social ou religiosa.

Caros, onde está a discriminação racial, sexual, social ou religiosa nessa propaganda? Eu acredito em Deus, mas quem não acredita  fica censurado em expor sua opinião? Pelo que vejo não há ataques ou humilhações para quem acredita, muito pelo contrário, mostra que a religião não define um ser humano. 

Essa atitude de colocar a religião como o centro de todas as decisões e impor que sem ela você será marginalizado, excluído pela sociedade é, no mínimo, burrice. Por quê? É fanatismo, e todo fanatismo é burro.

A intolerância religiosa foi usada, mais uma vez, para tentar coibir quem não compartilha com os paradigmas religiosos. Dessa vez se prenderam em uma lei, a qual acho até justa, mas que não se justifica em ser aplicada exatamente nessa propaganda.

Estamos em um outro momento da vida. É preciso deixar de lado essa intolerância, onde uma religião se diz melhor que a outra, onde quem não acredita em Deus é visto com olhos tortos pela sociedade hipócrita. Vamos viver a diversidade, vamos aprender a respeitar dogmas divergentes.  Por que propagandas que enaltecem as igrejas/empresas são veiculadas normalmente? Será pelo interesse mercadológico?

Você crê no seu Deus, assim como eu? Ótimo! Não acredita? Ótimo também.  Para finalizar, uma frase para os fanáticos: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la" (Voltaire)

domingo, 28 de novembro de 2010

É apenas desigualdade social?

 Por Bryan Guimarães

A violência já não é algo que nos assusta! Você concorda com essa afirmação? E se o Governo Estadual, em ação conjunta com o Federal, colocar tanques de guerra para tentar acabar com o tráfico, a visão continua a mesma?

O Rio de Janeiro vive um momento histórico. População, Estado, Polícia, todos contra o tráfico. Porém, minha análise não é sobre essa grandiosa e importante ação em combate a uma das piores mazelas da sociedade. O que quero compartilhar com vocês é um pensamento, que, por enquanto, ainda não está completamente definido.

Os assistentes sociais (não necessariamente apenas eles) tendem a dizer que determinadas ações são realizadas pelo meio em que o homem se encontra, que a falta de estrutura familiar causa essa "dependência".  Eles dizem que muitos desses jovens envolvidos estão lá porque o Estado não tem uma ação direta sobre a sociedade como um todo, não garante saúde, educação, moradia, transporte, nada disso em condições dignas.

Já os revolucionários dizem que a culpa é toda do sistema. Aquele velho chavão (Modelo, padrão, lugar comum, coisa que se diz ou se escreve por costume; clichê) já saturado, onde apenas existe o todo poderoso e os outros são apenas vítimas indefesas, sem nenhuma escolha.

A maioria (e aí tenho que dizer que faço parte desse grupo, em parte) tem apenas uma visão simples, talvez errada, mas explícita: Todos que participam desse meio são vagabundos, sem caráter.

Sim, concordo com essa tese, mas não completamente. É lógico que aquele ciclo de pobreza o acompanha. O seu mundo no Bairro da Paz é muito mais obscuro do que o de quem mora na Vitória, por exemplo. Mas será que essa falta de condições necessárias para se formar um cidadão de bem é desculpa para ações criminosas? E vou mais longe. Será que realmente o governo não dá essa atenção necessária?

É de comum acordo que os moradores de morros e favelas, em sua maioria, são pessoas de bem, que acordam às 04 da manhã para ganhar um salário mínimo. Então, me expliquem uma contradição. Se a maioria que está ali é de bem, mesmo não tendo o mesmo acesso a uma base estruturante, por que a minoria do crime, que também não têm o mesmo acesso, pode ser enquadrada como seres que são vítimas do sistema?

O que dizermos dos "playboys" que sobem o morro pra comprar pó? Melhores escolas, acesso a todo tipo de informação. Qual a desculpa para esses? Creio que a dificuldade imposta e o meio que vivemos podem, sim, nos moldar em algumas ações, porém, caráter e honestidade ficam longe disso. Seja você pobre ou rico, com acesso ou não, é uma personalidade que independe de classe ou cor.

Que fique claro que não é uma imposição, apenas uma visão de quem vê, escuta, fala e presta atenção nos acontecimentos. E desde já deixo que vocês exponham suas vertentes sobre o tema.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

História viva!

Por Bryan Guimarães

Para muitos isso passa desapercebido, mas estamos vivendo um momento histórico. Presenciamos um semi-analfabeto e torneiro mecânico chegar ao poder. Vimos o primeiro negro ser presidente da maior potência mundial, os Estados Unidos. Agora temos Dilma, a primeira mulher presidente do Brasil.

Não importa quem votou em Serra, Marina ou Plínio, o que está em jogo é o marco histórico. Daqui a alguns anos os livros de história por todo o mundo irão contar essa imensa mudança, onde mulheres, pobres e negros mostraram à população a sua força.

Eu, você, nós poderemos dizer que sentimos esse momento. Nós participamos da história viva!


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Disputa entre os maiores jornais da Bahia é boa para o leitor

Por Bryan Guimarães
Uma boa notícia para nós, leitores: O Correio da Bahia ultrapassa o jornal A Tarde em circulação. Perguntou-se o motivo de ser uma boa notícia? Ficou a dúvida se estou fazendo propaganda para o Correio? Nada disso!

Quando duas empresas de grande porte competem para adquirir o maior número de leitores, quem ganha somos nós. Se o A Tarde já tinha seu público fiel, sendo reconhecido pelo seu bom jornalismo, o Correio também alcançou essa meta. Agora, a cada dia mais, os dois veículos de comunicação vão buscar a excelência da informação, o que vai refletir na qualidade do que lemos diariamente. Pelo menos é o que espero.

No mais, creio que iremos ter dois jornais de qualidade, cada um com a sua cara,  preocupados com o que existe de mais importante: informar, direito, o leitor.